A INFLUÊNCIA DA PSICOLOGIA POSITIVA NA MUDANÇA DO COMPORTAMENTO HUMANO
A psicologia positiva hoje é
considerada um corte paradigmático em relação ao entendimento do comportamento
humano. E por que isto? Porque atualmente temos a tecnologia e
desenvolvimento científicos que nos
permitem mensurar e mapear dados que em outros tempos seria praticamente
impossível. E a Psicologia Positiva usa
todos estes recursos para se estabelecer e florescer (como diria o Seligman). Segundo
esta nova perspectiva, não basta CURAR
doenças mentais, é preciso criar estratégias para que o indivíduo aumente seu
bem estar subjetivo e seja mais feliz. É por que isto? Porque O INDIVÍDUO MAIS
FELIZ produz mais, adoece menos e, como uma rede, propaga felicidade ao seu
próximo. Este movimento foi inaugurado por Martin Seligman no final da década
de 90 e hoje é desenvolvido por vários pesquisadores pelo mundo, inclusive no
Brasil existe uma precursora: Mônica Portella, cuja “Teoria da Pontencialização
da Qualidade De Vida” faz sucesso e muito sentido ente coaching e terapeutas.
Antes pesquisadas por filósofos e
exaltadas nas religiões, FELICIDADE E BEM-ESTAR hoje são objetos da ciência! E
isto é paradigmático, isto faz diferença!
A PSICOLOGIA POSITIVA NA CLÍNICA
Existe aqui uma questão crucial para
ser levantada: PARA QUE SERVE UMA TERAPIA? PARA QUE UM PACIENTE TE PROCURA? Sem
dúvida nenhuma é para melhorar seus sintomas e aliviar a sua dor. Concordam?
Durante muitos anos no que eu considero obscurantismo a psicologia viveu num
limbo prático onde a ESCUTA e o DIAGNÓSTICO eram preponderantes e fundamentais
no tratamento clínico. Havia e ainda há, dependendo do enfoque que se dá ao
tratamento, uma preocupação e ocupação muito grandes no “enquadramento” do indivíduo em
determinado modelo de patologia. Perdíamos muito tempo focados na dor do
paciente e esquecíamos suas potencialidades, minimizando muito o que nele é bom,
pois nossa visão ficava ofuscada no que era negativo. Hoje a psicologia
positiva mostra e propõe técnicas absolutamente eficazes para que o indivíduo
“funcione” e se torne assim mais produtivo e feliz. Neste sentido, a psicologia positiva se juntou
à Terapia Cognitiva Comportamental e se potencializou e, junto com o cliente, cria estratégias para seu bem-estar global!
A PSICOLOGIA POSITIVA NA EDUCAÇÃO
INFANTIL
Mais uma vez percebemos aqui uma
mudança fundamental no entendimento do comportamento humano. O que muda em
relação à educação da criança com as descobertas e invenções desta ciência
nova? A Psicologia Positiva com sua PREVENÇÃO PRIMÁRIA foca na redução e
eliminação dos problemas psicológicos antes que eles apareçam! Seligman , por exemplo, sugere que o BEM-ESTAR
deveria ser ensinado na escola pois um estado de humor positivo produz maior
atenção e um pensamento mais criativo e holístico. Por exemplo: Quando vc está de mau-humor vc
questiona melhor “O QUE ESTÁ ERRADO AQUI?” ao passo que, quando está de
bom-humor, pensa: “O QUE ESTÁ CERTO
AQUI?” e isto faz com que a criança
aumente sua satisfação com a vida, auxiliando numa melhor aprendizagem e
estimulando o pensamento criativo.
No programa queria identificar as forças pessoais destes alunos
e fazer com que eles mesmos identificassem suas forças de caráter e aumentassem
o emprego delas em suas vidas diárias. Além disso, queria também promover
resiliência, emoção positiva, o sentido
e o propósito e os relacionamentos sociais positivos. Foram mais de vinte
sessões de oitenta minutos que envolviam discussões sobre força de caráter e os
outros conceitos e habilidades da Psicologia Positiva, uma atividade semanal em
classe, lição de casa de vida real, na qual os alunos aplicam estas habilidades
em suas próprias vidas, e reflexões em um diário. Os meninos fizeram também o exercício das
três coisas boas, e escreveram, diariamente, fatos positivos que aconteceram no dia, durante a semana. (Ex. Eu respondi certo uma pergunta de
Literatura hoje, ou, O cara que gosto me chamou para sair hoje”). Ao lado de
cada evento positivo, eles deveriam escrever sobre uma das seguintes questões:
“Por que esta coisa boa aconteceu?”
“Como posso fazer para obter mais disso no futuro?”, “ que isto
significa, de fato, pra mim?”. Um outro exercício usado pelo Seligman foi
“USANDO AS FORÇAS PESSOAIS DE NOVAS MANEIRAS”. A sua equipe orientou que os
alunos fizessem o teste Via de Forças Pessoais e descobrissem sua maior força. Depois disso eles eram orientados a usá-la intensamente na escola
durante a semana seguinte.
O que ele descobriu a partir deste
programa?
Seligman e sua equipe descobriram que
o programa de Psicologia Positiva aumentou as forças pessoais da curiosidade,
do gosto pela aprendizagem, da criatividade!
Isto foi comprovado através de relatórios de professores que não sabiam
se os alunos estavam no grupo da psicologia positiva ou no de controle (isto é
chamado de ESTUDO CEGO pois os classificadores não sabem qual é a situação do
aluno que está classificando). Além disso, o programa aumentou também o PRAZER
E O ENGAJAMENTO dos alunos na ESCOLA.
Um outro resultado importante foi a
melhora nas habilidades sociais dos alunos (EMPATIA, COOPERAÇÃO, ASSERTIVIDADE,
AUTOCONTROLE). Reduziu também a má conduta .
A APLICAÇÃO DA PSICOLOGIA POSITIVA NAS
EMPRESAS
Shawn Achor, autor de “O Jeito
Harvard de Ser Feliz”, é um dos mais destacados especialistas em potencial
humano e já conduziu pesquisas em 42 países. Achor trabalhou com pioneiros na
área da psicologia positiva e atuou como professor bolsista, ajudando a
conceber e lecionar o famoso CURSO DA FELICIDADE, o mais popular de HARVARD, na
Época. Atualmente ele coordena uma empresa de PESQUISA e CONSULTORIA que
utiliza a psicologia positiva para melhorar o nível de realização individual e
cultivar um ambiente de trabalho mais produtivo.
Shawn Achor faz a seguinte pergunta:
O que vem primeiro, o ovo ou a galinha? Melhor dizendo, o sucesso leva à
felicidade ou a felicidade leva ao sucesso? Por gerações acreditamos que a
felicidade girava em torno do sucesso, ou seja, que se nos empenhamos bastante,
temos sucesso e se temos sucesso, temos felicidade. Acreditava-se que o ponto fixo do universo do
trabalho era o sucesso e que a felicidade vinha a reboque. Ledo engano! Mais de
200 estudos sobre felicidade demonstram justamente o contrário. Quando estamos
felizes (quando nossa atitude ou estado de espírito são positivos) ficamos mais
inteligentes, motivados e em consequência, temos mais sucesso. A FELICIDADE é o
centro e o SUCESSO é o que gira em torno dela.
Esta é uma outra mudança
paradigmática que nos trouxe a psicologia positiva. Cultivou-se a crença
equivocada que é só através do sacrifício que atingimos o sucesso, que
precisamos nos sacrificar para só mais tarde aproveitar os resultados de toda
esta dedicação. Muitos gestores e
líderes de grandes empresas, ou caçadores de concurso público no Brasil por
exemplo, ainda pensam desta forma. A base do pensamento é que se dermos duro
agora e arregaçarmos as mangas , teremos sucesso e, portanto, seremos mais
felizes em algum futuro distante
(provavelmente quando nos aposentarmos). Alguns chegam a considerar a
felicidade uma fraqueza, um sinal de que não estamos nos empenhando
suficientemente. Cada vez que reiteramos esta crença equivocada, minamos não
apenas o nosso bem-estar mental e emocional, mas também todas as nossas chances
de sucesso e realização.
As Pesquisas em Psicologia Positiva
apontam que as pessoas que fazem maior sucesso são aquelas que não consideram a
felicidade como uma recompensa distante pelo empenho, nem passam os dias com
uma postura neutra ou negativas, ao contrário: Elas capitalizam os aspectos
positivos e seguem colhendo recompensas.
Essa revelação proporciona às
empresas um incentivo adicional para se interessar pela felicidade de seus
colaboradores, já que trabalhadores mais saudáveis, com certeza serão mais
produtivos. As pesquisas demonstram que colaboradores infelizes tiram mais dias
de afastamento por doença, deixando de trabalhar em média 15 dias por ano;
demonstram também que a felicidade atua como causa e não resultado da boa
saúde.
Em um determinado estudo,
pesquisadores pediram que os participantes respondessem a um questionário
elaborado para mensurar os níveis de felicidade
e logo depois injetaram neles o vírus da gripe. Uma semana depois, foi
constatado que os participantes mais felizes no início do estudo tinham
combatido o vírus com muito mais eficácia do que os participantes menos
felizes. Eles também apresentaram menos sintomas, como espirros, tosse,
inflamação e congestão.
E o que isto pode significar para as
empresas? Que pessoas mais felizes adoecem menos e, portanto, faltam menos ao
trabalho, produzem muito mais. É neste sentido que a Psicologia Positiva atua
nas empresas. Criando caminhos e alternativas para promover o bem estar
subjetivo aos seus funcionários, para que eles sintam-se mais felizes e
simplesmente vivam melhor.
E é deste modo que a Psicologia vai tomando outros contornos. Ela não se limita mais ao aspeto doente do sofredor. Ela PONTENCIALIZA, RECONHECE e CUIDA PARA QUE A HUMANIDADE dê UM SALTO DE QUALIDADE no que diz RESPEITO à FELICIDADE e BEM-ESTAR SUBJETIVO!
Seja Feliz, dê importância apenas ao que de fato INTERESSA!
Adriana F, Santiago
CRP 05-20345
21 986622565)
consultório: Itaipu - Santa Rosa - Copacabana
Parabéns pelo artigo! Mto bom!
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