Hedonismo, Epicurismo e a Psicologia Positiva


POR QUE O HEDONISMO É MUITO CONFUNDIDO COM O EPICURISMO?

Porque o Epicuro era um representante do hedonismo que acrescentou um aspecto moral ao objetivo maior do hedonismo puro que era o prazer como bem em si. A filosofia Epicurista determina que o prazer, para ser um bem, precisa de moderação.  Para Epicuro a procura do prazer tinha como objetivo atingir um estado de tranquilidade e de libertação  do medo, assim como a ausência de sofrimento corporal através do conhecimento do mundo e da limitação dos desejos. Isto para ele era FELICIDADE. Por isto o que torna o EPICURISMO diferente do HEDONISMO (que declara o prazer como o único valor intrínseco), é a concepção da ausência de dor como o maior prazer fazendo apologia a vida simples. O Epicuro, na verdade, era um HEDONISTA MODERADO e é por isto que sua doutrina filosófica é confundida com o HEDONISMO.

QUAIS AS SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS DO HEDONISMO E DA PSICOLOGIA POSITIVA?

O HEDONISMO afirma  ser o prazer o supremo bem da vida humana, enquanto a psicologia positiva sustenta que é o BEM-ESTAR o supremo bem da vida humana. O prazer, para a psicologia positiva é apenas um item que pode estar   relacionada à um dos cinco elementos do bem estar!  Sendo assim, HEDONISMO E PSICOLOGIA POSITIVA tem muito pouca coisa em comum, pois o PRAZER, que é o foco e objetivo principal para o HEDONISTA  figura para a psicologia positiva como uma coadjuvante para o bem maior da vida!

POR QUE O HEDONISMO FALHA?

Porque o PRAZER como objetivo principal da vida, sem sentido, pode ocasionar sérios riscos  a sobrevivência do homem, como indivíduo e da raça, como espécie. Obter prazer a qualquer preço, significa colocar a sua integridade física em risco. Por isto que a psicologia positiva baseia a sua teoria no bem estar, que é um constructo que possui 5 elementos mensuráveis.
. EMOÇÃO POSITIVA (FELICIDADE  e PRAZER SÃO  APENAS ASPECTOS DELA)
. ENGAJAMENTO
. RELACIONAMENTOS
.SENTIDO
. REALIZAÇÃO


. Quanto às dores físicas, nem sempre seria possível evitá-las. Mas Epicuro faz questão de frisar que elas não são duradouras e podem ser suportadas com as lembranças de bons momentos que o indivíduo tenha vivido. Piores e mais difíceis de lidar são as dores que perturbam a alma. Essas podem continuar a doer m esmo muito tempo depois de terem sido despertadas pela primeira vez. Para essas, Epicuro recomenda a reflexão. As dores da alma estão frequentemente associadas às frustrações. Em geral, oriunda de um desejo não satisfeito.



Epicuro acreditava que o maior bem era a procura de prazeres moderados de forma a atingir um estado de tranquilidade (ataraxia) e de libertação do medo, assim como a ausência de sofrimento corporal (aponia) através do conhecimento do funcionamento do mundo e da limitação dos desejos. A combinação desses dois estados constituiria a felicidade na sua forma mais elevada. Embora o epicurismo seja doutrina muitas vezes confundida com o hedonismo (já que declara o prazer como o único valor intrínseco), a sua concepção da ausência de dor como o maior prazer e a sua apologia da vida simples tornam-no diferente do que vulgarmente se chama “hedonismo”.


Adriana Santiago
CRP 05-20345    


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