POR QUE ESTAMOS TÃO GORDOS?


                                   

Atualmente o excesso de peso tornou-se a grande epidemia do planeta e o assunto do século! Mas, por que isto, quais são as razões que levam o indivíduo a obesidade? Será que é nossa composição genética que determina nossa forma corporal ou será que é nosso comportamento? Será que ambos os fatores contribuem para a etiologia desta doença grave?

Funções biológicas como a batida do seu coração e a digestão são processos automáticos, mas COMER NÃO É. É você quem decide comer ou não comer. Você já comeu um pote de sorvete sem se dar conta? E uma caixa de bombom? Uma barra de chocolates? Já comeu “automaticamente”, sem pensar? Esse gesto pode parecer automático, involuntário, mas não é! Provavelmente quando comeu não estava prestando atenção no que estava fazendo. Se comer fosse um gesto automático, você comeria um pé de alface do mesmo modo que comeu as delícias aí de cima. O ato de comer parece automático justamente porque sua atenção não está no ato de comer. Esta falta de foco às vezes não é intencional, mas é habitual. Você se distrai com outras atividades enquanto come pois se habituou a isto. Já viram mães que distraem as crianças para que elas comam mais e comam muito? Este é um hábito criado, montado e por isto pode ser mudado.

Existe sempre um gatilho que precede aos pensamentos que lhes vem a mente. Por exemplo, ao visualizar uma barra de chocolate  você pensa: Isto deve estar muito bom. Acho que quero um!  A seguir pega a barra e devora. Não foi a barra de chocolate que o levou  a comê-la. Ela não tem culpa nenhuma. Ela só existe. Foi o seu PENSAMENTO que determinou que você  ia devorá-la.

Apesar de se debruçar sobre a causa desta epidemia que vem preocupando o mundo, a ciência ainda não encontrou nenhum gene responsável,  mas evidenciou que existe uma “tendência familiar” muito forte que apontam para obesidade pois filhos de pais obesos tem 80 a 90 % de probabilidade de serem obesos também. Mas, será que este aspecto hereditário não se vincula mais ao comportamento do que propriamente à questão biológica? Olhe para o lado, observe seus pares na vida. Observe o comportamento dos pais ou cuidadores de uma criança obesa. Veja bem o que eles oferecem aos seus filhos. Geralmente são alimentos muito calóricos e com baixo teor nutritivo. Oferecem sucos e refrigerantes ao invés de água para matar a sede, batatas fritas no lugar de legumes mais saudáveis para saciar a fome, alimentos industrializados cheinhos de gorduras, açucares e sódio para  aguçar o paladar infantil formando assim um “hábito alimentar” no mínimo pouco saudável.
Estas crianças, uma vez que engordam, provavelmente terão uma dificuldade maior para manter-se magra durante a vida adulta, pois das duas uma: ou seu número de células adiposas aumentarão ou  estas células aumentarão  em seu tamanho por acúmulo de lipídeos. Ainda mais, o paladar também se forma pelo hábito. Se habituamos nossas crianças a comer alimentos gordurosos, com muito açúcar, pouco nutritivos, elas desenvolverão este anseio por este tipo de alimentação dificultando o desenvolvimento  de atitudes alimentares mais saudáveis.

Mais uma vez, o comportamento interferindo no aspecto biológico. É a atitude em relação à alimentação que altera o padrão corporal.  Por isto é fundamental ter em mente que alimentar-se é diferente de comer. É fundamental saber o que comemos, quando comemos e por que comemos! 

Nada de absolutamente conclusivo foi detectado em relação ao aspecto genético na etiologia da obesidade. Por outro lado, está  concluído que o comportamento pode mudar o “destino genético”, não só na obesidade, como em outras doenças consideradas crônicas. Em outras palavras, “GENÉTICA”  não  é  “DETERMINÉTICA”. Podemos interferir no nosso DESTINO GENÉTICO no que tange a obesidade, mudando nosso comportamento e nossa atitude na vida.


Adriana Santiago 
(Psicóloga Clinica com especialização em Transtorno Alimentar)

2609-2565 – 86622565 – 26094075
Consultório: Copacabana, Itaipu e Santa Rosa

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